Luiz Carlos Nogueira
Mergulha no teu interior com maestria
e busca a pedra oculta na tua cruz!
Aquece tua caverna gelada e sombria
e faz jorrar a luz!
Espreita o raio do sol que de mansinho
Irisa a gota d’orvalho que tremeluz
no ramos onde canta o passarinho
a melodia da liberdade e do jus!
Vê que belo é o dia, quão boa é a claridade!
Sê feliz! Faz o bem, exercita a caridade!
Desperta! Busca a verdade, promove a alegria que apraz!
Olha no teu caminho! Impede os atos vis dos desalmados!
Não percas um só instante, ensina pois aos malvados,
Um pouco de amor, a ferramenta internacional da paz.
Este soneto tem uma história:
Certo dia (em 1986) recebi um convite para participar de um concurso de poesias (com a condição de serem inéditas) promovido pela Loja Conde de Saint Germain, da Sociedade Teosófica no Brasil (Rua Imperatriz Leopoldina 8 - 17º and. Centro CEP: 20060-030 Tel: (021) 254-0952), em comemoração ao Ano Internacional da Paz, em homenagem à iniciativa da Organização das Nações Unidas, por ter instituído essa campanha. A participação foi aberta para candidatos de todos os Estados brasileiros.
Pois bem, estávamos, eu, um colega de trabalho (Ulisses, já faz tanto tempo que não me lembro do seu sobrenome) e um moço que gosta de fazer poesias. Este último comentou com certo ar de importante, que: “a poesia não é para qualquer um”. Logo o meu colega incentivou-me a participar, aliás até porque é desenhista, ilustrou o meu trabalho.
Na verdade houve um desafio velado do “poeta”. Achava ele, que tinha tudo a ver com a inspiração, e só com ela, como se fosse um sopro dos deuses. Só os dotados dessa espécie de virtuose eram dados a fazer poesia.
Pronto, resolvi participar. Não sei porque, mas naquele momento (depois de terminado o soneto) tive a certeza que o meu trabalho seria classificado no primeiro lugar – e foi. Não foi por arrogância que pensei assim, e não tenho como explicar essa sensação muito forte que se assenhoreou de mim.
É bom que se diga que, nenhum deus ou demônio sussurrou nos meus ouvidos; tampouco recebi mensagens telepáticas dos anjos, guardiões ou como queiram classificar. Nada excepcional, foi só uma questão de um desenho mental consentâneo com o titulo motivador do concurso.
Penso que o ser humano, se considerarmos que existem milagres, foi agraciado por Deus com o maior de todos — a inteligência. Mas esta precisa ser exercitada, desenvolvida. É preciso que a nossa mente esteja sempre desperta.
Se não fossemos dotados dos órgãos dos sentidos, da consciência, da inteligência e da razão, é provável que nem sequer saberíamos que existíamos.
Portanto, todas as pessoas mentalmente sadias, se quiserem, podem fazer praticamente tudo o que se propuserem a atingir no campo das realizações humanas. Basta ter um sonho, mas também um projeto de vida, no qual trabalhe com determinação e vontade. Eu acredito firmemente nisso, porque tenho visto muitos exemplos. Por tudo isso não é sensato subestimarmos as pessoas.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
A FERRAMENTA DA PAZ
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