segunda-feira, 19 de outubro de 2009

NA ALEGORIA DO “ERA UMA VEZ”, UM MOTIVO PARA REFLEXÃO

Luiz Carlos Nogueira


Era uma vez uma gigantesca pedra, que habitava os píncaros de u’a montanha de uma vale.

Majestosa, prepotente, presunçosa e soberba, avistava lá de cima, o grande rio que corria lá embaixo e que lhe parecia um simples e diminuto curso d’água – um regato? Sim, um regato, é isso mesmo! Pensou...

Seu egoísmo era forte, sua sede de conquista crescia todas as vezes que pensava: Sou grande, forte, poderosa, inteligente! Posso atirar-me naquele rego d’água e represá-lo; aí terei um mar – só meu! Só meu! — Reinarei para fazer inveja ao próprio Netuno! Se ele é rei que recebeu um mar pronto, eu também serei, e mais do que ele, porque construirei o meu próprio mar!

Arquitetou todos os seus planos como desejava, e um dia atirou-se para o seu objetivo, sem se preocupar que a inundação que provocaria fizesse perecer os pescadores, os animais e a vegetação daquele arredor.

Tchibuumm!! Surpresa!!! — Que rio imenso, belo e profundo! Que natureza sábia e previdente! Que construção magnânima e que leis maravilhosas existem no universo!...

A propósito, vocês sabem como passou a ser denominada aquela que era a deusa das alturas?... — Cascalho, seixo...por enquanto.

(Matéria escrita para o Boletim Informativo nº 7, de setembro de 1979, do Capítulo Campo Grande-Amorc, publicada na página 10. Para este blog, fiz pequenas alterações)

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