Ministro assina pacto pela redução de acidentes
Ministério da Saúde pretende reduzir pela metade o número de mortes por acidentes no País
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da assinatura do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada – Um Pacto pela Vida), nesta sexta-feira (21), juntamente com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. A iniciativa faz parte das ações da Semana Nacional de Trânsito de 2012, que tem como tema “Não exceda a velocidade. Preserve a vida”, pretende reduzir o número de mortes nas ruas e estradas do Brasil.
O Pacto Nacional pela Redução de Acidentes prevê uma série de ações preventivas para combater a violência do trânsito. A principal medida é realizar campanhas permanentes de conscientização, que antes eram sazonais. “Nosso propósito é selar o compromisso do governo com a paz no trânsito. Não podemos deixar de valorizar uma das coisas mais importantes, a vida. Cada vez mais nos tornamos um país de classe média, com novas alternativas de transportes, o que exige maior responsabilidade”, destacou a presidenta Dilma Rousseff.
Para integrar as ações do governo federal, o Ministério da Saúde autorizou novos repasses no valor de R$ 12,8 milhões aoProjeto Vida no Trânsito, que permitirá aos estados e municípios ampliar as políticas de prevenção de mortes no trânsito por meio da qualificação das informações de óbitos, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações, a partir de fatores de risco, como velocidade e consumo de álcool.
“O Brasil vive uma epidemia de acidentes de carro e de moto. Em 2011, foram investidos mais de R$ 200 milhões pelo Sistema Único de Saúde somente para o primeiro atendimento de urgência a vítimas de trânsito. Esse é um recurso importante, que poderia ser economizado para investir em outras ações. Com essa verba, poderíamos construir, por exemplo, 100 novas Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, ampliando a assistência emergencial em várias regiões do país,” afirmou Padilha.
De acordo com o ministro da Saúde, o pacto pela redução de acidentes é fundamental também para diminuir os impactos nos serviços de saúde. “O trabalho dos profissionais da saúde e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, tem conseguido salvar vidas, mas o crescimento do número de acidentes ainda é bastante significativo. Por isso estamos investindo no Projeto Vida no Trânsito, para que as ações de fiscalização e de educação possam fazer com que as cidades consigam reduzir óbitos mesmo com o crescimento da frota”, concluiu.
Esoforços
No ano passado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram feitas 153 mil internações por causa de acidentes de transporte terrestres. Para atender de maneira mais eficiente as vítimas, o Ministério da Saúde colocou em consulta pública a Linha de Cuidado do Trauma na Rede de Atenção às Urgências e Emergências, que prevê a habilitação de centros específicos e define diretrizes clínicas para o tratamento de pacientes.
A medida visa aperfeiçoar o atendimento a vítimas de acidentes na medida em organiza os serviços e agiliza o acolhimento aos acidentados que apresentam quadros mais graves de saúde. Atualmente, existem mais de 250 unidades de referência habilitadas em alta complexidade em traumatologia e ortopedia e 12 centros de referência. Esses estabelecimentos já executam o atendimento a pessoas com traumas.
Com a criação desta linha de cuidado, o fluxo de atendimento será organizado e toda rede de serviços existentes no SUS – Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), salas de estabilização, Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 horas), serviços de regulação, atenção especializada e atenção domiciliar, entre diversas outros, passam a funcionar de forma integrada.
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que a meta do governo federal ao lançar a campanha é reduzir pela metade o número de mortes por acidentes de trânsito no Brasil, até 2020. Em 2010, 42.844 pessoas morreram nas estradas e ruas do país. Entre as internações provocadas pelo trânsito, as maiores vítimas foram motociclistas, seguidos pelos pedestres.
Fonte: Agência Saúde.
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